Passeios

 

De vez em quando, alugamos um carro e passeamos um pouquinho. Aqui vocês poderão ver algumas imagens desses passeios...

La Burbansais, Saint Malo e Mont Sant Michel
Saint Nazaire, La Baule e Guérande
Angers
Paris

La Burbansais, Saint Malo e Mont Saint Michel

Foi nosso primeiro passeio.

La Burbansais (20/09/03): é um castelo particular que os donos abriram para visitação (só algumas peças, já que moram pessoas lá). Depois da Revolução Francesa os nobres tiveram de ganhar a vida, né?

Eles fizeram um zoológico na propriedade e colocaram um monte de brinquedos infláveis para as crianças. Tem também uma apresentação de aves de rapina e de uma matilha de cães de caça. O Felipe adorou! Passamos o dia lá e fomos dormir em Rennes, uma cidade que fica a 100 Km de Nantes.

P9200232.JPG (378143 bytes) P9200230.JPG (379375 bytes) P9200235.JPG (386961 bytes)

No dia seguinte fomos a duas cidades: Saint Malo e Mont Saint Michel.

Saint Malo (21/09/03): é uma cidade medieval, cercada de muros onde nasceu Jacques Cartier que foi quem descobriu o Canada em 1534 e também Chateaubriand, um importante escritor francês. Fica no extremo norte da França, na Mancha. A cidade foi quase totalmente destruída em 1944 e depois restaurada, o que é incrível imaginar! A grande diversão é se perder pelas ruas (como todas as cidades medievais chamadas intramuros, ou seja, cercadas de muros). São ruas estreitas com edifícios de pedras e muita gente na rua! Na primeira foto, o Vidal e o Felipe estão na frente de uma das portas de entrada da cidade. A última mostra o Castelo onde hoje funcionam museus e prédios públicos.

Uma curiosidade: de Saint-Malo partiam os corsários, navegadores que tinham "autorização para assaltar" (mais ou menos como um James Bond do mar). A autorização era dada pelo rei e eles podiam roubar navios mercantes ou de guerra inimigos, sem serem considerados piratas, ou seja, eram ladrões profissionais com atuação conhecida e reconhecida (!). As principais vítimas no século XVII e XVII foram ingleses, holandeses e espanhóis. (Valeu a lembrança Xana!)

P9210252.JPG (360019 bytes) P9210254.JPG (394844 bytes) P9210262.JPG (391308 bytes)

Mont Saint Michel (21/09/03): Na verdade é uma espécie de ilha rochosa, na qual foi construído um mosteiro. É um local de peregrinação religiosa (atualmente a peregrinação é muito mais turística, é verdade) e fica também à beira mar (Mancha). No alto do monte foi construída uma abadia e, ao redor dela, alguns outros prédios e casas. Tudo, obviamente, cercado de muros. A vista já é impressionante desde a estrada.

P9210272.JPG (367701 bytes)

Infelizmente, tivemos aí uma grande decepção! Chegamos próximo do último horário de entrada permitido para visitar a abadia, que fica no topo do monte. Tínhamos apenas 10 minutos para subir e foi o que fizemos. Nos atiramos bravamente, escadas e rampas acima, o Vidal com o Felipe no colo e eu com a Ana Luíza na barriga! Foi difícil, mas chegamos na porta da abadia 5 minutos antes do horário. Já havia umas 15 pessoas lá, esperando para entrar, como nós. Foi quando descobrimos que eles já tinham fechado! Simplesmente fecharam a porta e foram embora... Armou-se um ligeiro "barraco" francês, com todo mundo obviamente reclamando muito... A moça da bilheteria saiu gritando, em bom francês, que ela era apenas funcionária pública e que apenas cumpria ordens. Uma freira apareceu na porta e saiu rapidinho, sem nem olhar para trás. Resfolegantes, ofegantes e, principalmente, enfurecidos só pudemos descer tudo de novo, com uma sensação desconfortável de ter acabado de "pagar um mico". Acreditamos até que tinha gente que já tinho comprado a entrada... Mas aqui as coisas são assim mesmo. Se algum lugar (público ou privado, tanto faz) fecha às 17 horas, às 16h30 eles já começam a se mexer, colocar cadeiras pra cima, fechar cortinas e olhar quem chega com uma cara de "Não estou a fim de te atender. Era só isso?".

A visita à abadia vai ficar para outra vez... Mas vamos voltar!

Topo

Saint Nazaire, La Baule e Guerande

Saint-Nazaire (26/10/03, replay em 01/01/04): é uma cidade-balneário, no oceano atlântico, a 60Km de Nantes. Tem um grande estaleiro, onde foram construídos os maiores navios da França e onde, neste momento, está sendo terminado o maior navio de cruzeiros do mundo: o Queen Mary 2. O Navio é de uma empresa inglesa e fica pronto em dezembro. Aí estão Vidal e Felipe na frente do estaleiro onde está o navio (ele está ao lado da orelha do Vidal... Na foto no tamanho original dá pra ver melhor, dê um clique na foto).

PA260314.JPG (350166 bytes)

Vamos tentar visitar o navio antes de ele sair daqui porque, infelizmente, provavelmente não o conheceremos num cruzeiro. Já fomos dar uma olhadinha nos preços e, só pra dar uma idéia, eles são dados em libras esterlinas (tem em dólares também, mas só achamos isso depois...)! Precisa dizer mais?

Para quem quiser saber um pouco mais sobre o navio, aí vai um site: www.cunard.com/QM2/. Cunard é a empresa inglesa que possui o navio. Esse site dá informações em inglês sobre o navio e seus cruzeiros. Vai ter um passeio entre os EUA e o Brasil no próximo carnaval. Alguém quer aproveitar?

La Baule (26/10/03, replay em 01/01/04): é um balneário próximo de Saint Nazaire. Escolhemos para vistar este porque o guia que compramos dizia que tinha o título de "a praia mais bonita da Europa" (!) Se isso for verdade, os europeus não sabem o que estão perdendo no Brasil. É legal, é verdade que o dia não estava muito bonito, mas tivemos uma sensação de estarmos em Caiobá, o que foi confirmado depois por um colega do Vidal. Ainda tem um monte de praias aqui por perto. Vamos ter a oportunidade de conhecer outras...

Um reconhecimento: estivemos mais uma vez em La Baule e temos de dar a mão à palmatória... Realmente a praia é muito bonita. Dessa vez chegamos pelo outro lado (o que está às minhas costas na foto a seguir) e andamos por uma avenida à beira mar. Os prédios são muito interessantes, todos diferentes uns dos outros. Nenhum tem mais de 5 andares, portanto, eles provavelmente não atrapalham o sol da manhã (vale lembrar que estamos do outro lado do Atlântico, isso significa que o sol nasce no continente e se põe no mar, ou seja, o contrário do que acontece conosco). O dia ajudou também, fez um sol bonito e pudemos ter uma noção do que é a praia no verão. Vamos voltar lá pra verificar...

PA260316.JPG (369459 bytes) PA260322.JPG (392939 bytes) PA260318.JPG (368288 bytes)

Guerande (26/10/03): outra cidade medieval intramuros. Muito legal! Novamente, o grande prazer é o de se perder pelas ruas. Nos sentimos na idade média, de verdade! Na primeira foto estamos eu e o Felipe na porta da cidade. A segunda mostra a igreja (os vitrais internos são lindos...) e a última mostra o Felipe assistindo a uma apresentação de um marionete que "tocava" música clássica na rua...

PA260325.JPG (359789 bytes) PA260330.JPG (349675 bytes) PA260332.JPG (398574 bytes)

Topo

Angers

(30/10/03) No primeiro final de semana que a mamãe passou aqui, aproveitamos o carro alugado para buscá-la no aeroporto e fomos até Angers, uma cidade que fica a 80Km de Nantes. Tínhamos duas possibilidades para chegar lá: uma auto-estrada e uma estradinha menor. Optamos pela segunda por dois motivos: ela é mais calma e passa por dentro de vários vilarejos e também não tínhamos de pagar pedágio :)

A maior atração de Angers é o castelo. Ao lado dele tem o que eles chamam de Vieille Ville, que não tem nada a ver com a nossa Vila Velha, mas é muito legal. É um amontoado de casinhas em ruas super-estreitas: novamente temos a sensação de alguma coisa da idade média. Imaginamos que ali deviam morar as pessoas que trabalhavam de uma forma ou de outra para o pessoal do castelo. 

O rio que passa pela cidade (coisa que acontece em praticamente qualquer cidade da Europa) não é o Loire, aliás, esse castelo é um dos poucos que não está às suas margens, mas faz parte do grupo de Castelos do Loire (segundo o Michelin...). O rio se chama Maine e acredito que seja afluente do "Todo-Poderoso".

A cidade foi bastante importante, já que foi capital de um grande reino que incluía até mesmo a Inglaterra e a Sicília (não sei em que época isso aconteceu) e esteve na origem da famosa Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra (informações do senhor Michelin...).

O dia estava muito frio, mas o pior era a garoa, depois chuva, que pegamos. O resultado foi uma nova crise de bronquite no Felipe na segunda-feira (é duro ter uma criança de cristal em casa...). Com certeza vamos voltar lá quando estiver mais quente.

O passeio tinha mais um objetivo além de Angers: um castelo chamado Serrant que chegou a impressionar até a rainha da Inglaterra (a mãe)! Todas essas informações nós pegamos no Michelin, só que o danado dizia que o castelo estaria aberto para visitação e nós chegamos lá e demos com nossos narizes congelados na porteira! Além do mais, compramos um passe único para vários museus de Angers e conseguimos visitar só um. Queremos voltar para conhecer os outros. Quando isso acontecer, espero ter fotos mais decentes pra mostrar. Ando meio decepcionada com minhas fotos e estou concluindo que a pouca luminosidade dessa região no inverno exigiria que eu tivesse um equipamento mais profissional! Da outra vez que viemos também foi assim: o que eu via não era o que saía nas fotos. Vou ter de aguardar o verão mesmo (porque comprar outra máquina está fora de cogitação!).

Cópia de PB300354.JPG (118156 bytes) Cópia de PB300362.JPG (97804 bytes)  Cópia de PB300363.JPG (72146 bytes)

Topo

Paris

(14 e 15/12/03) Esse aconteceu no primeiro final de semana depois que o papai chegou. Foi um passeio legal, sem dúvida, mas cheio de "micos"! Primeiro as coisas boas...

Tivemos a oportunidade de conhecer lugares que ainda não conhecíamos, já que tínhamos estado os quatro em Paris em 1997. Fomos ao Sacre Coeur (uma igreja no alto de um morro com uma vista incrível da cidade), a um parque chamado La Villette (www.villette.com para quem quiser ter mais informações) onde assistimos a um filme num cinema 180° que fica dentro de uma esfera e fomos ao Olimpia, uma casa de espetáculos muito famosa de Paris onde assistimos a um musical (Belle, Belle, Belle é o nome da peça).

P1010408.jpg (58804 bytes)

Vimos também a nova iluminação da Torre Eiffel. Durante os 10 primeiros minutos de cada hora, piscam várias luzes como flashes de máquina fotográfica. Fica lindo!

P1010419.jpg (107625 bytes)

Agora, os "micos"...

Fizemos a viagem de TGV, uma sigla para "trem a grande velocidade". O trecho Nantes-Paris que é de 400Km aproximadamente é feito em apenas duas horas. O problema é que até a metade do caminho a velocidade do trem é normal. Só depois de Le Mans é que ele atinge mais de 200Km/h. Essa foi a primeira decepção: foi uma hora e vinte sem nada de especial para 40 minutos de possível emoção. Disse possível porque, como viajamos à noite, não conseguimos ver quase nada. Só dá pra sentir a velocidade quando observamos o exterior, mas estava um breu só, então... Pensamos: na volta vai dar pra ver, já que saímos de Paris na segunda-feira cedo! Só esquecemos de um detalhe: nesta época do ano só clareia o dia às 9h00 da manhã. Nosso trem partia às 7h30, ou seja, todo o trecho em grande velocidade foi feito, novamente, à noite...

Um dos lugares que eu queria conhecer em Paris era um cemitério, chamado Père Lachaise, onde estão enterradas diversas personalidades (Allan Kardec, Jim Morrison, Oscar Wild, La Fontaine e vários outros). Fomos até o cemitério e vimos, na entrada, um mapa que marcava os locais em que estavam enterradas as tais celebridades. Não tínhamos um mapa de papel do cemitério, então estabelecemos um caminho que tinha a chance de ser interessante e fomos. Andamos por mais de uma hora, no meio de túmulos centenários. Tinha um cheiro forte de inseticida e vários túmulos estavam completamente abandonados (o que acontece em qualquer cemitério). Não sei bem o que a gente esperava... Talvez placas de neon sinalizando os túmulos, uma barraquinha de pipoca na frente, uma banquinha vendendo livros e discos do "famoso" enterrado ali... Sei lá! O certo é que não vimos ninguém! Nem mesmo um fantasminha... Além disso o dia estava nublado, frio, ou seja, horrível. Definitivamente, andar num cemitério não deixou a gente de alto astral! Decidimos ir embora mas, inconformados, resolvemos olhar de novo o mapa e descobrimos o seguinte:

grand-plan.jpg (82050 bytes)
(fonte www.gargl.net/lachaise/index.html)

Entramos pelo local que no mapa está marcado como 62. Andamos até o 1, subimos até o local marcado com a letra A. Voltamos ao 62 passando pelo 57, 58... Vale lembrar que andamos mais de uma hora e que o cemitério fica numa colina, ou seja, vários trechos de subida. Só depois que voltamos ao início é que vimos o tamanho real do cemitério! O detalhe é que cada local numerado desses tem, dentro dele, várias ruelas... Nem em um mês conseguiríamos andar por tudo!

Hoje eu fico pensando: e se a gente tivesse encontrado os túmulos, o que faria? Dava uma olhadinha, tirava uma foto, quem sabe rezava um pai nosso para o desencarnado... Realmente, uma idéia estapafúrdia! Melhor teria sido visitar os esgotos de Paris! É verdade! Esse é um outro ponto turístico da cidade...

PC1304011.jpg (136282 bytes)

Uma curiosidade sobre a história do cemitério. Ele foi aberto em 1804 numa área que, à época, ficava fora de Paris e era destinado a receber os falecidos parisienses da margem direita do rio Sena. Só que os parisienses ricos, possíveis "clientes" do cemitério, não gostaram nada da idéia de serem enterrados num lugar que, naquele tempo, era longe de Paris e, ainda por cima, na área leste, considerada pobre e popular, ou seja, o "lançamento" do cemitério foi um fracasso! Em 1812 havia somente 833 túmulos (numa área de 17 hectares), o que era ridículo (Odorico Paraguaçu compreenderia bem a situação do colega prefeito).

Era preciso uma estratégia de marketing! Foi aí que em 1817 os restos de Heloísa e Abelardo, de Molière e de La Fontaine foram transferidos para o cemitério. A partir daí os números evoluíram: em 1830 já havia 33.000 túmulos. Entre 1824 e 1850 o cemitério teve cinco aumentos sucessivos de tamanho. O que as pessoas não fazem pra ficar perto de um famoso, não? (fonte da história www.gargl.net/lachaise/index.html).

Depois do fracasso da visita ao cemitério, resolvemos visitar um museu. Coisa mais alegre, obras impressionistas, muitas cores, no centro de Paris... nada de periferias.

Chegamos ao local do museu, pelo menos o endereço era aquele, pagamos as entradas (6 euros por pessoa) e pensamos estar começando nosso banho de cultura... Tinha uma exposição até bem legal de um artista chinês ou japonês (não lembro bem). Andamos, andamos e nada das obras impressionistas. Como eu disse, a exposição era legal, mas não pagaríamos 24 Euros para ver um desconhecido, por mais legal que ele fosse. De desconhecidos já estávamos saturados! Tínhamos visto várias sepulturas deles naquele dia! Depois de muito andar, decidi me informar na entrada para saber como faríamos para chegar à parte impressionista do museu. Descobri, chocada, que o lugar não era aquele! E pior!!! O museu estava fechado para reformas!!!!! Dá pra imaginar nossa satisfação em perceber que tínhamos gasto um valor considerável para ver o que não queríamos... Depois da aventura fúnebre, aquele novo "micão". Pra completar, começou a chover!

Ainda bem que a visita ao parque, o musical e a visita à torre aconteceram no dia seguinte. Salvou nosso passeio. O que importa é que depois nos divertimos bastante com nossos próprios enganos!

Topo

Voltar para o início